sexta-feira, 8 de abril de 2011

Aos Heróis todas as honras e todas as glórias



A face de um verdadeiro e destemido Herói

FARDA


p/ Emir Larangeira


Melhor se se chamasse fardo,
em vez de farda, – esse travel
cheque para o sacrifício –
a defender o indefensável.


Melhor se se chamasse alvo:
mural da ira acusadora
contra os próprios personagens
que lhe julgam protetora.

São, normalmente, pretos, pardos,
Pobres, sobras de etnias:
gente fabricada em série,
que ao perder, tira se outra via.

E prossegue o ritual
desse espetáculo de horrores,
de Caim matando Abel
numa guerra sem vencedores.

E prossegue essa torrente
do sangue que não socorre,
o drama de ser ver morrer,
do lado de onde sempre morre.


(SALGADO MARANHÃO - Prêmio Jabuti de Poesia)


Fé e Razão

Reynoso Silva Cidadão Bombeiro

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